Eu não jogo a toalha! E
sem essa de “a esperança é a última que morre”, não é para morrer! Prefiro o
“enquanto há vida há esperança!” futebol que é bom...! Neste momento do
Paysandu a coisa está mais para a sorte. No Clube do Remo a persistência,
sempre no fio da navalha de quem manda e desmanda, de que nas categorias
inferiores mora a solução.
Eu não jogo a toalha!
Sem pesquisar, mas mexendo no imaginário e testemunhado no que vi desde criança
o “jogar a toalha” era a ação final de quem reconhecia a sua derrota ou de quem
dirigia um dos litigantes. Quando menino, logo que cheguei de Capanema para
Belém, vi isso na briga de galo (em 1961 o Presidente do Brasil Jânio Quadros
proibiu o uso do biquíni, o beijo em público e a briga de galo).
Também no inicio dos anos de 1960, na base do
“televizinho” (naquele tempo poucos tinham um aparelho de TV e a sala de algum
abastado virava sala de cinema para os pobres de então) eu não perdia os
Gigantes do Ringue, na extinta TV Marajoara Canal 2, a primeira do Pará, nos confrontos
de Tourinho x Búfalo e Kankão de Fogo x Galo Teso. Quando um deles estava sendo
massacrado logo o técnico “jogava a toalha”. Fim de luta!
O Telecath Montilla, já
pela TV Globo, no último quarto daquela mesma década, animava as noites de
sábado com lutas que eram mais
espetáculos circenses, todavia de muita plástica e técnica, do que outra coisa.
Bastava um dos queridinhos como Ted Boy
Marino e Tigre Paraguaio serem “violentados covardemente” pelos perversos
Rasputim Barba Vermelha e Mongol para logo o espalhafatoso árbitro Crispim, de
dois, três fios de cabelos que se espalharam pela cabeça, atender com três
batidas de mão na lona o “jogar a toalha” de um assistente das vítimas.
A semana que se encerra
para os clubes paraenses que disputam competições nacionais tem sido pródiga
nos meios de comunicação com o termo “jogar a toalha”. O Paysandu é o maior
personagem deste cenário pelas suas atuações decepcionantes na Série B.
No Feminino a Tuna vai
levando a diante. O Pinheirense, de Icoaraci, apesar de tudo, se apresentou bem
num grupo em que reuniu meninas também do Amazonas, Piauí e Maranhão.
Na Série C o Águia de
Marabá só não segue em busca da segundona em função de um dos empates dentro de
casa. Fica em quinto lugar num grupo de forças tradicionais do nordeste como
Santa Cruz, Treze e Sampaio Corrêa (todos disputaram na elite do futebol canarinho)
além do Luverdense, trabalhada de forma planejada e protegida pela soja que
predomina na economia de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O time de Marabá
com Galvão&Ferreirinha ainda ficou a frente do Fortaleza cuja folha de pagamento beirava R$
1 milhão/mês, segundo o divulgado nos programas esportivos. O Águia continua na
Série C. Um grande resultado para uma jovem equipe cuja cidade ainda não dispõe
de um estádio que atenda as exigências de uma Série B.
O Clube do Remo
sobrevive graças ao Leãozinho, garotada sub 20 dirigida por Valter Lima,
mantendo cada vez mais viva uma torcida apaixonada proclamada como Fenômeno
Azul. Depois de derrubar o campeão da Copa Brasil Sub 20, Vitória BA, manteve a
performance ao eliminar o poderoso Flamengo. Agora precisa de uma vitória
simples, perdeu em Criciuma por 3 x 2, para chegar as quartas de final, jogo
marcado para a próxima quarta-feira no Mangueirão com expectativa para 30, 35
mil torcedores.
Quanto ao Papão da
Curuzu só restam a Fiel não parar de incentivar, a onzena se inspirar, pra
valer, nas lágrimas e garra do guerreiro Vanderson e na juventude que já é uma
realidade de Yago Picachu que caracteriza seu brio ao completar o 100º jogo com a camisa bicolor nesta sexta feira contra o Avaí. Motivos para
que eu não jogue a toalha e creia que o Papão não caia. Até a próxima.
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