sexta-feira, 18 de outubro de 2013

NÃO JOGO A TOALHA.

Eu não jogo a toalha! E sem essa de “a esperança é a última que morre”, não é para morrer! Prefiro o “enquanto há vida há esperança!” futebol que é bom...! Neste momento do Paysandu a coisa está mais para a sorte. No Clube do Remo a persistência, sempre no fio da navalha de quem manda e desmanda, de que nas categorias inferiores mora a solução.
Eu não jogo a toalha! Sem pesquisar, mas mexendo no imaginário e testemunhado no que vi desde criança o “jogar a toalha” era a ação final de quem reconhecia a sua derrota ou de quem dirigia um dos litigantes. Quando menino, logo que cheguei de Capanema para Belém, vi isso na briga de galo (em 1961 o Presidente do Brasil Jânio Quadros proibiu o uso do biquíni, o beijo em público e a briga de galo).
 Também no inicio dos anos de 1960, na base do “televizinho” (naquele tempo poucos tinham um aparelho de TV e a sala de algum abastado virava sala de cinema para os pobres de então) eu não perdia os Gigantes do Ringue, na extinta TV Marajoara Canal 2, a primeira do Pará, nos confrontos de Tourinho x Búfalo e Kankão de Fogo x Galo Teso. Quando um deles estava sendo massacrado logo o técnico “jogava a toalha”. Fim de luta!
O Telecath Montilla, já pela TV Globo, no último quarto daquela mesma década, animava as noites de sábado com  lutas que eram mais espetáculos circenses, todavia de muita plástica e técnica, do que outra coisa. Bastava  um dos queridinhos como Ted Boy Marino e Tigre Paraguaio serem “violentados covardemente” pelos perversos Rasputim Barba Vermelha e Mongol para logo o espalhafatoso árbitro Crispim, de dois, três fios de cabelos que se espalharam pela cabeça, atender com três batidas de mão na lona o “jogar a toalha” de um assistente das vítimas.
A semana que se encerra para os clubes paraenses que disputam competições nacionais tem sido pródiga nos meios de comunicação com o termo “jogar a toalha”. O Paysandu é o maior personagem deste cenário pelas suas atuações decepcionantes na Série B.
No Feminino a Tuna vai levando a diante. O Pinheirense, de Icoaraci, apesar de tudo, se apresentou bem num grupo em que reuniu meninas também do Amazonas, Piauí e Maranhão.
Na Série C o Águia de Marabá só não segue em busca da segundona em função de um dos empates dentro de casa. Fica em quinto lugar num grupo de forças tradicionais do nordeste como Santa Cruz, Treze e Sampaio Corrêa (todos disputaram na elite do futebol canarinho) além do Luverdense, trabalhada de forma planejada e protegida pela soja que predomina na economia de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O time de Marabá com Galvão&Ferreirinha ainda ficou a frente do  Fortaleza cuja folha de pagamento beirava R$ 1 milhão/mês, segundo o divulgado nos programas esportivos. O Águia continua na Série C. Um grande resultado para uma jovem equipe cuja cidade ainda não dispõe de um estádio que atenda as exigências de uma Série B.
O Clube do Remo sobrevive graças ao Leãozinho, garotada sub 20 dirigida por Valter Lima, mantendo cada vez mais viva uma torcida apaixonada proclamada como Fenômeno Azul. Depois de derrubar o campeão da Copa Brasil Sub 20, Vitória BA, manteve a performance ao eliminar o poderoso Flamengo. Agora precisa de uma vitória simples, perdeu em Criciuma por 3 x 2, para chegar as quartas de final, jogo marcado para a próxima quarta-feira no Mangueirão com expectativa para 30, 35 mil torcedores.

Quanto ao Papão da Curuzu só restam a Fiel não parar de incentivar, a onzena se inspirar, pra valer, nas lágrimas e garra do guerreiro Vanderson e na juventude que já é uma realidade de Yago Picachu que caracteriza seu brio ao completar o 100º jogo com a camisa bicolor  nesta sexta feira contra o Avaí. Motivos para que eu não jogue a toalha e creia que o Papão não caia. Até a próxima.

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