Alacid Nunes |
Mas Jatene pode ser chamado, como diz a gíria popular, de "peixe" do povo, forma carinhosa de dizer que ele é "dos meus" ou "o cara é meu chapa". Deu pra entender, certo? O pensamento é aqui exposto no sentido de mostrar, claramente, quem foi quem nas eleições ao governo do Pará em 2010, insisto em dizer que é meu entendimento,sem querer ser o dono da verdade. Para não buscar tempos tão remotos, mas embasado no período de redemocratização do Brasil destaco a figura de Jader Barbalho, do então MDB depois PMDB, recentemente punido como ficha suja pelo TSE. Estudante destacado no centenário CEPC, Jader dava sinais de liderança no Grêmio Honorato Filgueiras,em pleno regime militar. Uma carreira política de vitórias incontestáveis como vereador, deputado estadual e deputado federal. Candidato ao governo paraense em 1982 JB contou com o então governador Coronel Alacid Nunes como O PADRINHO.
Jarbas Passarinho |
Ao romper com Jarbas Passarinho, Alacid não seguiu a orientação do General Figueiredo, último presidente militar desde 1964, e abandonou a candidatura de Oziel Carneiro, civil escalado para seguir adiante o projeto da ARENA, que passou a ser PDS.
Jader Barbalho |
Hélio Gueiros |
Eleito governador do Pará Jader não passou um ano para romper com seu PADRINHO Alacid. Em 1986 Jader assumiu a condição de SUPER PADRINHO e comandou a eleição de Hélio Gueiros ao governo estadual e as eleições de Jarbas Passarinho, "inimigo" em 1982, e Almir Gabriel ao Senado Federal. O poder do PADRINHO Jader era tão evidente que disse a JP, cuja esposa estava enferma, "cuide da D.Rute que eu cuido da sua eleição". Jarbas foi eleito e se manteve fiel a JB até o fim da carreira política eleitoral. Hélio Gueiros rompeu, mas depois se recompôs a JB, com quem está até hoje. Almir rompeu com Jader disputou em 1990 e perdeu. Em 1994 Almir parecia criar nova forma de liderança e derrubou Jarbas, APADRINHADO de Jader. Em 1998 Almir derrotou o seu próprio EX-PADRINHO, Jader.
Em 2002 seguia imbatível e, para alguns, "inventou" e APADRINHOU a candidatura de Simão Jatene ao governo paraense e venceu, todavia o dito popular de que "na política só não se viu boi voar" ganhava a incredulidade da lógica. Jatene encerrava seu mandato em 2006 com mais de 80% de aprovaçã. Teria uma reeleição garantida, mas abriu mão em favor de Almir que almejava seu terceiro mandato. Foi um espanto. Jatene demonstrava desapego ao poder, algo inimaginável ao meio político, ou apenas mantinha um princípio básico do ser humano, gratidão/lealdade ao seu PADRINHO ? Há quem afirme ter AG batido na mesa e exigido a candidatura, teve e perdeu feio para Ana Julia, do PT.
Ana Júlia |
A petista Ana Julia teve uma oportunidade de ouro, mas ficou sem a reeeleição. Os tucanos plantaram e ainda colheram alguns frutos da prosperidade econômica implantada com o Plano Real ao comando de Fernando Henrique, até o Serra esqueceu disso, e o presidente Lula deslanchou atingindo marcas invejáveis de apoio popular. Ana não seguiu a mesma linha do amigo Lula caindo numa rejeição de dar dó a uma militante e vencedora da maioria das eleições que disputou pelo PT. Os motivos da rejeição o povo sabe, mas esse é outro caso.
Entra em cena entre outros como Jader, Almir, Edmilson, Juvenil a figura de Simão Jatene. Assim como em 2002 diante dos olhares céticos, contudo novos olhares ao final de 2006, Jatene aparecia como um, digamos, desculpem o termo nada adequado para um tema tão, tão piramidal, um"liso". É isso mesmo, o povo fala assim para quem não tem dinheiro numa tão milionária empreitada.
Simão Jatene |
E aí caro Simão Jatene, senhoras e senhores que estão lendo este escrito, pra encerrar a conversa, é só para lembrar que o GRANDE PADRINHO nesta eleição de Jatene ao governo em 2010 foi o POVO. É para este PADRINHO, O POVO, que paga uma carga tributária criminosa e recebe tão pouco e mal serviço, que Jatene deve servir. E ele sabe disso e tem reconhecido publicamente. Mãos a obra Jatene, o AFILHADO DO POVO DO PARÁ. Que Deus abençoe o seu governo!
OUTRO DESTAQUE:
Almir Gabriel |
Além da falta de recurso Almir Gabriel foi um dos piores adversários de Jatene. Na convenção tucana tentou "melar" a candidatura de SJ, não conseguiu. No 1°urno apoiou Juvenil, candidato de Jader cujo palanque AG passou anos sem subir. No 2° turno Almir se alinhou ao lado da petista Ana. Esses os novos "afilhados" de Almir que sempre o acusaram de vender a Celpa e sumir com o dinheiro e de ser responsável pelo massacree de Eldorado de Carajás. Almir pegou pesado com Jatene e seus novos afilhados, especialmente Ana, provocaram Jatene o que puderam sobre o desenlace com Almir, mas Jatene durante toda a campanha se preocupou em mostrar o que fez no primeiro governo e o que pode fazer daqui para a frente. E o reencontro com o Dr. Almir Gabriel ? Bem, isso fica por conta da história.
Parabens, graças a esse artigo eu aprendi um pouco sobre a história politica do nosso Estado, eu sou novo e desde que eu passei a me entender o Almir ja era governador no segundo mandato.
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ResponderExcluirSimão Jatene nesse momento colhe o fruto do q Plantou no seu primeiro governo e foi o povo mesmo quem o aprovou ou será q o governo atual está tão ruim e o povo quer se livrar dele de qualquer forma??? Bom eu prefiro a primeira alternativa.
ResponderExcluirEspero q o nosso novo Governador corresponda a confiança q o povo do Pará colocou sobre ele. Uma coisa é certa o povo ñ é burro apesar de levar uma garga tributaria super pesada como foi dito no texto...
Parabéns Matoso gostei muito dessa matéria deu pra esclarecer algumas coisas q eu ñ sabia por ser de outro estado...
ResponderExcluirPois é Braga, sabemos que tantas são as informações que acabamos vítimas de um olhar apenas para o agora que pode ser bom,mas pode ser negativo.É fundamental olharmos para as causas, para origens. A idéia é essa, pensarmos sobre as nossas coisas, sobre a nossa história. Obrigado pelo estímulo.
ResponderExcluirCaro Pastor Reginaldo penso que os motivos mencionados em seu comentário foram fatais. Jatene terminou o primeiro governo com 82% de aprovação,sem dúvida facilitou a escolha do eleitor diante do que viu nos últimos quatro anos.E de acordo com sua última frase ratifico assim: que SJ não esqueça de tomar abenção,sempre,de seu verdadeiro padrinho,o povo. Um abraço de fÉ!
ResponderExcluirSeja bem vindo. É evidente que o Pará precisa de gente que se comprometa com sua causa e o seu interesse pelo assunto é importante.Entendo que a história, sem saudosismo, precisa ser revista. Tem muita "verdade" posta para a população por se acreditar que esta não é chegada a leitura e ao retrovisor, não para fixar no passado, mas entender o presente e projetar um futuro mais fraterno. Um abraço e muito sucesso a todos do Projac.
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