Não tem como esquecer a perda da oportunidade de ser sub sede da Copa de 2014. Foi um desastre para a torcida paraense, considerada das mais fanáticas do Brasil, e para o desenvolvimento da região. Saneamento, obras estruturantes, turismo, evidentes possibilidades de negócios. Tudo ficou para Manaus, Amazonas. É como o Brasil perder para a Argentina, dentro de casa. Nada contra os amazonenses, pelo contrário, provaram competência, discernimento ao conquistarem o evento e com um paraense no comando, o governador Eduardo Braga. Como se não bastasse vejo na novela global Passione uma "madame" dona de pensão, como nos velhos e atuais tempos da Riachuelo e Gaspar Viana, sem preconceito, certo? Mas uma exploradora de menores dizendo que um tal fazendeiro poderia trazer a "ninfeta" para os "confins" do Pará que ninguém iria encontrar, em alusão, imagino, as constantes denuncias contra figurões daqui envolvidos em pedofilia, com plena constatação da CPI da Pedofilia, que ajudou em muito a expressiva eleição de Arnaldo Jordy, que levantou a bandeira de forma desasombrada, à Câmara Federal.
Pelo jeito o clima de inércia ainda perdura entre os que mandam e desmandam no poder da terra do açaí. Tomei um susto e, não nego, uma profunda indignação me tomou quando li na revista Isto É, n° 2135, pg 62, de 13/10/2010, a não inclusão do Círio de Nazaré no próximo catálogo da Ópera Romana de Peregrinação (ORP), a carcterização do turismo religioso. A matéria da Isto É, escrita por Wilson Aquino, destaca o fato do Brasil, com 70% da população, ser o país mais católico do mundo e, nos 76 anos da agência de viagens do Vaticano , jamais ter sido incluido no roteiro da ORP. A oportunidade chegou no Congresso da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) realizado no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de outubro, com o ministro do Turismo de Lula, Luis Barreto, de olho nos cinco milhões de turistas da Europa encaminhando os roteiros brasileiros para o próximo catálogo da ORP. Mais do que isso o Brasil passa a ser rota internacional do turismo religioso. Tudo perfeito para a fé e para milhares de negócios com geração de emprego e renda. Menos para nós do Pará.
É isso mesmo. No anuncio do roteiro nacional estão São Paulo com a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, normal. O Rio de Janeiro com o Cristo Redentor, nada a contestar. Olinda, em Pernambuco e as cidades históricas de Minas e Bahia, tudo certo. E O CÍRIO DE NAZARÉ ? Aquele que até a mídia nacional passou a chamar de maior procissão do mundo com os seus 2,2 milhões de romeiros e promesseiros caminhando por quatro quilômetros das ruas de Belém. Não está incluido porque? Querem mais? O senhor ministro do presidente Lula, tido e havido como amigo da candidata Ana Julia, anunciou que vai trabalhar para incluir no futuro a Região das Missões, no Rio Grande do Sul, Nova Trento,em Santa Catarina, e Juazeiro, no Ceará. Tudo certo, perfeito! E O CÍRIO DE NAZARÉ? Aquele em cuja Trasladação, o Círio em percurso inverso realizado no sábado a noite antecedendo a procissão maior no segundo domingo de outubro, com 1,5 milhão de pessoas? Está fora! É mais uma derrota do povo religioso e trabalhador do Pará. E olha que Belém, a nossa capital, leva o nome da cidade em que Jesus, o filho de Maria de Nazaré, nasceu.
Nada contra os irmãos cariocas, paulistas, mineiros, baianos, pernambucanos e mais na frente os cearenses gauchos e catarinenses que se unirão aos irmãos de Fátima,em Portugal, de Lourdes, na França, de Compostela, na Espanha, do Vaticano e de Jerusalém que já desfrutam dos beneficios do turismo religioso implementado pela Igreja de Roma. A minha questão é esta: PORQUE O CÍRIO DE NAZARÉ ESTÁ FORA?
Seria por imcompetência, intolerância religiosa ou falta de políticas da Belémtur e Paratur? O Turismo está entre as cinco maiores industrias do mundo. É emprego e renda garantidos. E nós fora com a Copa do Mundo de 2014 e agora com a maior procissão do mundo, o Círio de Nazaré.
E tem mais, os evangélicos da ASSEMBLÉIA DE DEUS estão fazendo eventos já há algum tempo em preparação para o CENTENÁRIO de sua criação e instalação no Brasil. E a ASSEMBLÉIA DE DEUS COMEÇOU AQUI NO PARÁ. Milhares de pessoas do mundo são esperadas para tão magnífico evento cristão. Até lá Belém e o Pará estarão preparados? O que está sendo feito? Cuidado pois Manaus, onde o Círio de Nazaré se desenvolve a cada ano, tem uma força fantástica dos evangélicos, com transmissões por satélites que começaram por lá. Moro aqui, trabalho aqui, pago meus impostos aqui. Chega de perder. BASTA!
OBSERVAÇÃO:
Antes da publicação deste texto consultei o site da Abav, nada encontrei sobre o assunto.
Ora Matoso, nos simplesmente somos ignorados,essa é a terra do já teve, os nossos representantes só querem saber de enriquecer, poder, o resto que se lixe. Este catálogo de peregrinação (ORP), sinceramente, eu nunca ouvi falar? e olha que eu leio, pesquiso, viajo na net, imagine as pessoas que não tem acesso a isso tudo, uma falta de responsabilidade e compromisso com o Pará.
ResponderExcluirO nosso estado sempre é deixado pra trás realmente é de ficar indignado com tantas esclusões mas vejo q o problema maior são os nossos proprios governantes q são os primeiros ñ fazeram questão de melhorar as coisas por ak. A nossa saúde está doente a nossa educação está lá em baixo isso sem falar na quantidade de lixo pelas ruas de nossa cidade. Fica ak uma pergunta: Se nós q vivemos ak e dizemos q amamos o nosso estado ñ estamos valorizando então quem mais vai dar valor pro Pará???
ResponderExcluirOutra coisa nós estamos colhendo o fruto de nossas escolhas somos nós q colocamos esses "REPRESENTANTES" no poder e como dizia aquela propagando 4 anos é muito tempo pra esperar e tomara q quando agente chegue lá façamos as coisas certas pq só assim teremos um estado melhor.
Eis a questão Nery! Você lê, eu leio um pouco,mas as autoridades têm obrigação de saberem disso. É este o meu questionamento. É por isso que os convido a pensarmos juntos sobre a nossa realidade. Obrigado e um abraço de fÉ!
ResponderExcluirÉ isso, Reginaldo. Creio que as pessoas que se interessam, sem siglas ou partidos,sem grupelhos egoistas, precisam reagir, assim como você. De algum jeito a inércia administrativa cujo modelo já dura décadas por aqui, com alguns raros anos de visão diferenciada, tenha um basta. Um abraço de FÉ!
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