Pronto, se o problema era esse, tai Roberto Fernandes, o
técnico do Clube do Remo, que veio de fora. Após o empate com o santareno São
Francisco, 1 x 1 na quarta-feira, 26 de março, dentro do Mangueirão, a
diretoria não agüentou mais as pressões de grupos de torcedores, de membros da
diretoria, compartilhadas por boa parte da mídia.
Esses seguimentos pró reforços importados não aturavam
Charles Guerreiro desde o inicio, engoliram obrigados o Agnaldo, tido apenas
como mero motivador ao qual atribuíam o “vamos lá, vamos lá!”, na beira do
campo para seus comandados, insuficiente para enfrentar as novas estratégias do
futebol com seus sistemas cada vez mais repetidos e propagados pelos adeptos da
fala difícil no uso da numerologia com os seus 4-4-2; 3-5-2; 3-6-1 etc etc etc,
mas que, sinceramente, não consegui enxergar claramente em nenhum dos times que vi jogar o
Parazão, a não ser quando fica evidente o chamado povoamento excessivo no setor
de meio campo, penso que, independente desta ou daquela quantidade de jogador,
porém dependente sim do comprometimento e condições física e técnica dos mesmos,
também dependendo do adversário.
Pronto, se o problema era trazer técnico de fora o problema
está resolvido, pelo menos para os que acreditam que realmente é essa a questão
menos o Agnaldo, ele segue como auxiliar técnico e coordenador do Leão de
Antonio Baena, que ao ser anunciado o Roberto Fernandes disse que “o problema
do Remo não é treinador”. O tempo dirá!
O certo é que o Remo já tem o título do primeiro turno e vai decidir o
Parazão 2014 de olho na única vaga paraense para a Série D do Campeonato
Brasileiro da temporada.
Mas esperem, aí tem outra questão! O Paysandu é o líder do
segundo turno com 10 pontos ganhos, situação que não incomoda os azulinos da
capital considerando que os bicolores não são seus adversários na disputada e
cobiçadíssima vaga da Série D. Mas Independente de Tucuruí, segundo lugar com nove
pontos e um jogo a menos, o São Francisco de Santarém com sete pontos e em quarto lugar o Cametá com cinco pontos
ganhos até que ponto buscam apenas o prêmio da meritocracia do Governo do Pará,
principal patrocinador da competição? Pelo jeito querem mais. Tucuruí e Cametá
recentemente ganharam o Parazão e seguem no bloco dos que encabeçam as
disputas. Os azuis do Tapajós andam batendo na trave. O Clube do Remo é o sexto
colocado embora tenha um jogo a menos, exatamente com o Independente, mas uma
vitória sobre o Galo Elétrico ainda não o faria superior ao São Francisco na
pontuação, pelos números de hoje.
Há no meio remista o propósito claro de pontuar e chegar à semifinal
do returno. O Parazão está assim: O Santa Cruz, de Salinas, rebaixado. O
Gavião, de Marabá, precisaria ganhar seus próximos três jogos e torcer para que
Paragominas e São Francisco perderem todos os seus, o que parece improvável.
O Paragominas, com três pontos, para entrar no G4 do segundo
turno precisaria ganhar os jogos restantes: Gavião em casa e São Francisco e
Remo fora de seus domínios, além de
torcer por outras derrotas de remistas e franciscanos e do próprio Cametá. Considerando
a quinta rodada, neste fim de semana, o Paysandu (joga contra o Clube do Remo) e o Independente de Tucuruí, que no
Navegantão, enfrenta o rebaixado Santa Cruz, precisam apenas de uma vitória
para a classificação. O encontro entre Cametá x São Francisco reúne pretendentes
de pelo menos uma vaga.
O clássico Remo x Paysandu, no Mangueirão, domingo a tarde,
tem como atrações, além da tradição, a estréia do novo técnico azul, a
invencibilidade bicolor, o jejum do Leão e a chance da classificação antecipada
do Papão. Até a próxima!