Será
que em 2014 o mapa do futebol paraense sofrerá novas mudanças? Caros leitores me
permitam pegar como gancho meu período de direção, produção e apresentação do
SBT Esporte, do canal 5 de Belém, exibido em várias regiões do estado entre elas
a do Tapajós através da Ponta Negra de Santarém e Floresta de
Tucuruí.
Iniciado
em 2001 a idéia do programa era contemplar, prioritariamente, o futebol da
Região Metropolitana de Belém (RMB), pois por questões contratuais as emissoras
afiliadas do SBT não tinham nenhuma obrigação de exibir o programa esportivo que
era apenas um plus local, não fazia
parte da rede. Graças a Deus o Nivaldo Pereira, da RPN de Santarém, e o Zé Adão,
da Floresta de Tucurui, me deixaram entrar no ar em horários alternativos de
suas programações, com exibição do SBT Esporte gravado já que o ao vivo era na
hora do almoço.
Vou
tentar sintetizar. Naquele 2001 nove times disputaram o Parazão. De Belém eram
Remo, Paysandu, Tuna, Tiradentes, Carajás e Pedreira. Além de Bragantino, Águia
de Marabá e São Raimundo, Santarém. Portanto 67 % da
capital.
No
ano seguinte oito times estavam na competição. A RMB disparou com 75% de
participantes. Apenas Castanhal e São Raimundo, de Santarém eram os “estranhos”.
Em 2003 de novo oito equipes. Belém continuou com seus 75% enquanto que do
interior o São Raimundo ganhava o Águia de Marabá como parceiro.
Em
2004 o interior ganhou mais uma vaga apesar da saída do representante santareno.
Ficaram o marabaense Águia, o Bragantino e o Castanhal. Em 2005 o futebol da RMB
sofreu mais um revés e tudo ficou “pau a pau”. Remo, Paysandu, Pedreira, de
Mosqueiro, e Ananindeua (repare que da sede da capital só a dupla REPA) passavam
a competir no campeonato cada vez mais paraense ao enfrentarem Abaeté,
Castanhal, Águia e São Raimundo.
Virada
cabocla no Parazão. Em 2006, pela primeira vez (não conheço outro momento como
este) a Região Metropolitana de Belém perdia sua hegemonia como mandante e
detentora do maior número de competidores no Campeonato Paraense de Futebol
Profissional. Apenas Remo, Paysandu e Ananindeua (37,5%) representavam essa
parte do estado frente aos irmãos Abaeté e Venus, de Abaetetuba, Castanhal,
Águia de Marabá e São Raimundo de Santarém (62,5%).
Dez
equipes foram permitidas no Parazão 2007. “Pau a pau” de novo. Tuna e Pedreira
se somaram aos metropolitanos Remo,
Paysandu e Ananindeua e aos interioranos que tiveram a queda do São Raimundo e o
retorno do Bragantino. A fórmula se repetiu em 2008 e as novidades foram à volta
do Tiradentes enquanto que o interior perdia uma vaga, mas trazia de novo o São
Raimundo de Santarém e o Vila Rica- Cametá como novidade. A RMB voltou a ter
mais disputantes com 60% do todo.
Respeitando
decisão do Conselho Arbitral da FPF o Parazão voltou a ter oito clubes em 2009.
A força interiorana dominava outra vez com a maioria dos participantes: Time
Negra- Irituia, Águia-Marabá, Castanhal, Vila Rica- Cametá e São Raimundo-
Santarém. Da RMB outra vez Remo, Paysandu e Ananindeua. DETALHE: Em 2009 o
Campeonato Brasileiro da Série D conhecia o seu Primeiro Campeão: O São
Raimundo, de Santarém. Salve Pantera!
Amigos
estou curtindo aos montes escrever sobre este tema que não e não vou resumir o
que ainda tem pela frente. Como somente no final do mês encerra esta primeira
fase do Parazão 2014 na próxima semana concluirei este balanço de início de
milênio no futebol paraense. Uma coisa é certa está se desenhando um novo mapa
do Parazão com o Sudeste apresentando a possibilidade de um terceiro componente
se o Santa Cruz, do Senador Mario Couto, pedir licença, abrindo mais uma vaga, e
o Pantera não acordar.
Quanto
o Paysandu...! Vitória sobre o Bragantino e queda do Guaratinguetá é só o que
serve. Até a próxima.
Publicado no Jornal O Estado do Tapajós Online de Sanatrém 23-11-13
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